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Trans Acreana assume o transporte público de Piracicaba-SP
ADAMO BAZANI
Como noticiou o Diário do Transporte e a imprensa regional, a prefeitura de Piracicaba, no interior paulista, assinou contrato emergencial de seis meses com a empresa a Trans Acreana Ltda para operar as linhas municipais no lugar da Via Ágil, que deixa o sistema após relatar dificuldades financeiras agravadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19.
O início dos trabalhos ocorre neste sábado, 16 de maio de 2020.
Na tarde desta quinta-feira, 14 de maio de 2020, o proprietário da Trans Acreana, Fernando Lourenço, conversou com exclusividade com o Diário do Transporte.
Segundo Lourenço, o começo das operações vai contar com aproximadamente 90 ônibus seminovos. O contrato, entretanto, chega a em torno de 220 veículos.
A frota em operação está reduzida por causa dos efeitos da pandemia.
Os veículos vão receber a inscrição TUPI – Transporte Urbano de Piracicaba.

O empresário disse que conversou com representantes do sindicato dos trabalhadores em transportes para tentar aproveitar a maior quantidade de funcionários possível da Via Ágil.
Sobre a bilhetagem eletrônica, assim como a prefeitura tinha informado na quarta-feira, 13, Fernando Lourenço disse que os passageiros não vão precisar correr para trocar os cartões já que inicialmente será o mesmo sistema de leitura dos crédito, que não serão perdidos.
A Trans Acreana atende a praticamente todos os municípios do Acre e também opera a linha Rio de Janeiro / Lima (Peru), uma das maiores do mundo. A empresa vai ainda iniciar logo após o fim das medidas de restrição à movimentação por causa da pandemia a linha Rio Branco (Acre) / Puerto Maldonado (Peru).
Lourenço disse que ficou sabendo sobre a condição do transporte de Piracicaba porque recentemente a Trans Acreana foi contemplada com as linhas rodoviárias Sorocaba (interior de São Paulo) /Rio de Janeiro e Guarulhos (SP)/Uberaba (MG) e para atender as operações, alugou um espaço em Piracicaba. Além disso, Lourenço disse que comprou uma frota de ônibus seminovos para atender uma nova demanda no Acre, mas que o início desta operação foi adiado por causa da pandemia e os veículos estavam parados.
Assim, a empresa aproveitou a oportunidade .A Trans Acreana também tem interesse em outros sistemas paulistas.
Fernando Lourenço negou relação com o Grupo Belarmino (que atua em parte do interior, em especial na região de Campinas, e da Grande São Paulo), do empresário Belarmino de Ascenção Marta.
Sobre a Trans Acreana rodoviária usar a mesma pintura da Lira Bus, de Belarmino, só trocando as cores (vermelho para Lira Bus e laranja para a Trans Acreana), Lourenço disse que a empresa tinha o hábito de comprar ônibus seminovos de outras companhias de Campinas e que gostou do design da Lira Bus. Foi então aplicado em um ônibus da Trans Acreana e o resultado estético agradou. Lourenço conta que procurou Belarmino e recebeu autorização para usar a pintura.